domingo, 11 de julho de 2010

Pecado Capital


Para Nietzsche o mau da humanidade é a esperança, eu digo que o mau da humanidade é a preguiça. A Andreza por sua vez acrescentou que não há nada mais humano do que a preguiça.
Logo, podemos concluir que: o mau da humanidade nada mais é do que a própria humanidade. =)

E a propósito... Amanhã é segunda!

sábado, 10 de julho de 2010

A força


A campainha tocou, ela ingenuamente correu para abrir a porta sem antes verificar quem era, até que por sorte uma voz a alertou para que não abrisse.

- Por que não posso abrir?

- Porque não é quem você pensa que é, é alguém ruim se passando por outra pessoa.

Parecia que alguém tentava enganar a inocente mocinha que quase caiu nessa perversa armadilha. Mas para o seu azar, já havia rodado a chave quando foi avisada de que não deveria abrir a porta, e no desespero ao tentar fechá-la novamente, acabou derrubando a chave no chão para longe de si, tendo que utilizar a própria força para impedir que o-que-quer-que-fosse entrasse em sua casa.

Ela não sabia quem era, ou o que era, apenas sabia que sentia medo. Suas forças se esgotavam, lutava desesperadamente empurrando a porta. Até que sentiu que a força do outro lado cedera por um instante, e decidiu arriscar-se olhando pela fresta da porta na tentativa de descobrir o que tanto lhe ameaçava. Foi quando por sua surpresa não vira nada. Será que fora embora? Não, o-que-quer-que-fosse novamente tentara entrar e Marina ainda não recuperada e ofegante volta a lutar contra a força desconhecida. Decidiu que a hora era agora, o-que-quer-que-fosse estava ali, ela sentia sua presença forçando a porta, a hora de olhar era agora. E olhou. Mas uma vez nada viu. Não era possível! Dessa vez diferente da anterior ela sentia a força empurrando a porta contra seu corpo. Não era possível... Seria apenas o vento?

quinta-feira, 6 de maio de 2010

: Eu acho a Mafalda triste, sei lá...
Eu: Humm... Ela é realista né.
: ...
Eu: A realidade é triste... rs
: rs

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

...Somos seres humanos, por tanto humanos, hipócritas, políticos, e que almejam paz...


"O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi anunciado nesta sexta-feira como vencedor do prêmio Nobel da Paz".

O post de hoje começou com cara de notícia, pois esta foi a novidade que ocupou (e continua ocupando) boa parte das minhas reflexões diárias.
A primeira vista, olhando superficialmente, me fica a impressão de um prêmio hipócrita, concedido à seres hipócritas pertencentes à um mundo não diferente dessa condição, condição esta não de cunho factício, mas que cujo olhar deve ser de naturalidade.
Além disso, me inquieto com uma sensação de que a paz, ou melhor, quem a promove (ou se diz promover) não deveria ser premiada. A premiação atribui à pessoa um "estrelismo" que não parece combinar com a paz.
Ainda sob olhar superficial, me indago sobre a questão, de se os candidatos ao prêmio Nobel da Paz não deveriam ser somente pessoas engajadas em propostas e ações com fins exclusivamente humanitários, e não políticos, ou também políticos.

Afastando os olhos da superfície, e mergulhando um pouco mais a fundo nas questões, me afasto também da visão dicotomizada. Proponho-me mergulhar nessas águas, partindo do ponto de vista de que somos seres políticos, e mesmo aqueles que dizem não ser, o simples fato de tomarem essa decisão faz deles seres políticos.
Somos seres humanos, por tanto humanos, hipócritas, políticos, e que almejam paz, nem que esta seja na intenção reduzida de "paz interior", uma paz voltada para si, onde a paz dos outros e do mundo parece nada ter haver com a minha paz. Assim, me sinto por hora, resolvida quanto a última questão.

As questões iniciais, porém, exigem de mim mais profundeza. Mas o fôlego está acabando e por enquanto me contento com as justificativas do próprio presidente do comitê do prêmio Nobel que, em outras palavras, disse que o intuito é apoiar o que Obama está tentando atingir. Coincidentemente (ou não) Barack Obama diz enxergar o prêmio como incentivo para ele continuar lutando a favor da paz.

Por essa óptica considero o prêmio válido, afinal as intenções são boas, mas "de boas intenções, o mundo esta cheio...”.

domingo, 6 de setembro de 2009

Situação esporádica de um dia comum

Local: vestiário da academia
Participantes: Criança e sua babá
Situação: Criança pega o pente da mão da babá e diz que quer se pentear sozinha. Dá alguns mini passos até o espelho e vê sei lá qual imagem refletida, mas não a de uma criança de não mais que quatro anos. Comento com a babá - Ela deve ser bem vaidosa.
A babá consente e acrescenta – Ela não usa a mesma roupa mais de três vezes.
Alguns segundos de silêncio de minha parte, e naquele instante eu a e babá fomos cúmplices de nossos pensamentos. E respondi – Bom... Algumas crianças devem ficar bastante contentes com isso.

Mais tarde na faculdade, aula de psicologia social e comunitária, ministrada por Maria Antonieta, uma professora peruana de sotaque engraçado que neste dia insistiu em me chamar de “Karo”. Mas me consola saber que não é só o meu nome que ela erra. A Fabíola às quintas feiras passa a se chamar “Fabiôla”. Até o Jung (Carl Gustav Jung) passa a ser Jung (exatamente como se lê em português, e não “Iung” como deve ser a pronúncia). Só o nome da Laila que ela não erra porque ela adoooora o “ÊricClapton.
Certa vez ela censurou um trabalho da Rithy por usar gíria! No trabalho ela citou o “Mano” Brown.

Mas agora que vocês já estão apresentados, voltemos ao foco. Nesta aula a professora abordou algo que faz todo sentido: baseada em Pichón Rivière ela nos disse que “um doente mental é o porta voz da família a qual pertence”. Considerando que a definição de porta voz segundo Pichón Rivière é aquele que expressa as ansiedades do grupo, o portador de qualquer patologia psíquica estaria possivelmente expressando a doença da família a qual pertence.
Temos o hábito de olhar apenas o sujeito “problemático”, mas esquecemos de observar o meio ao qual ele pertence, ele pode ser o resultado das problemáticas do grupo pertencente. O primeiro grupo que uma criança é inserida é o grupo familiar (seja ele de sangue ou não). No caso de uma criança com qualquer tipo de transtorno que seja, devemos nos atentar à pais ótimos candidatos à uma visita à um analista.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O amor é claustrófobo

O amor deve ser compartilhado, e propagado. Não necessariamente na forma que envolve apenas dois seres e uma tensão sexual louca para suprir suas necessidades
carnais e instintivas de preservação a espécie. O que acontece é que o ser humano confunde isso com amor, se ilude. Quando percebe que não conseguiu propagar seu amor, se frustra.
O amor faz parte do nosso ser, assim como todos os outros sentimentos, assim como os órgãos, é um conjunto que forma o que somos, nada separado forma um ser humano. Da mesma forma que não podemos viver sem um coração, não podemos viver sem o amor. Só que diferente do coração que fica dentro de nós, o amor precisa ficar do lado de fora como uma membrana que nos envolve, uma membrana de luz que irradia. Nós sentimos a necessidade de irradiar nosso amor, ele não se contém em ficar guardado, trancado, o amor é claustrófobo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Minha mente em terapia

Enquanto isso no MSN...
Elânia:
poste mais coisas no blog... (sem pressão):D
Karina {INUTILIA TRUNCAT}:
hahahameu... Eu ando sem inspiração menina
aliás conforme cresço parece q perco a espontaneidade para escrever =/

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Fato é que: o blogger conspira contra mim! Quando eu finalmente escrevo algo, meu texto some, desaparece. (isso acabou de me acontecer, mas eu estou decidida a no mínimo dar minhas explicações, nem que elas sejam pra mim mesma. Digamos que o que farei a seguir será uma espécie de auto análise, cujo objetivo é achar o motivo d'eu criar um blog e não escrever nele). Como eu acabei de fazer essa auto análise eu já sei a resposta, mas preciso compartilhar o devaneio que resultou até então. Porém parte da espontaneidade fora perdida (literalmente, pois o computador sugou para algum lugar que eu não sei onde, a minha primeira elaboração. Pensamentos eu tenho, e muitos. Minha mente é hiperativa, ela não para, sempre pensando e matutando a cerca de tudo, em especial as coisas sem respostas, se meu corpo fosse tão ativo quanto minha mente eu trabalharia no pânico.
Chego a produzir textos mentalmente, MAS quando me sento aqui, eles fogem. Como quando tentamos segurar água. É assim que funcionam meus pensamentos, eles se vão como a água por entre os dedos. E digamos que eu só consegui chegar até aqui porque decidi não pensar, não tentar capturar os pensamentos fujões. Acho que minha mente é tímida. E medrosa... Pois sinto que ela tem certo receio de se manifestar por esse tipo de meio. Como eu já disse estou sempre pensando, e são coisas muito próprias e particulares, penso mais com a intenção de mero devaneio do que de chegar de fato a alguma conclusão e isso pode parecer meio confuso. Suspeito que minha mente tenha absurdo medo de ser mal interpretada. Quando escrevemos algo e todos o lêem damos total liberdade pra que pensem o que quiserem, e o meu problema com isso não é que pensem mal a cerca de mim, mas que pensem ERRADO. Não irei mais longe nisso, pois esse seria um tema para um outro dia (caso eu resolva escrever sobre julgamentos).

Resumindo: Minha mente é tímida e medrosa, ela detesta determinismos, e acredito que tenha medo que isto acorra com seus pensamentos se forem escritos e publicados, tem medo de ser eternamente condenada por expressar algo que naquele momento fazia sentido a ela no seu jeito bem peculiar de ser.

Sou possuidora de uma mente tímida e medrosa, assim como sua dona.

Acabou a sessão.