Uma vez no colégio adventista, do qual fui orgulhosamente expulsa, me disserem que "mente vazia é oficina do diabo". Eu diria que mente vazia é oficina das fantasias. Pois é, acho que a minha falta do que fazer, o excesso de TV na infância, alguns livros sobre princesas, contos mitológicos, mil e uma noites, a solidão e talvez até o fato de ter vindo ao mundo no dia 13 de março, fez de mim um tanto quanto sonhadora e romântica demais.
Mas em alguns momentos, geralmente inesperados, inoportunos e inconvenientes, os demônios acordam e matam a mocinha dos contos de fadas, e dizem a ela que às vezes é preciso ser a vilã.
"Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e auto risco" - C.L.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Banco da Praça
Ai eu decidi voltar a pé, economiza e faz bem andar. No caminho tem àquela praça perto da casa dele, vou sentar em algum banco ali que bata sol.
E assim como eu, tinha mais duas pessoas. Cada uma em seu banco com os seus corpos, o pensamento, porém, em qualquer outro lugar.
Um cara estava meio impaciente, ansioso, sei lá... Mexia-se demais, sentou, deitou, olhou o celular algumas vezes, sentou, pôs a mão no queixo, ficou um pouco, pegou o celular, tentou ligar... Tentou de novo, não reparei mais.
Uma mulher estava sentada, mal se mexia, olhava pro nada, para o lado, para mim, pensava, acendeu um cigarro...
Eu liguei o MP3, olhava para os lados como procurando -talvez ele passe por aqui, neste horário deve estar indo pra faculdade. Deitei, sentei, pensei, acendi um cigarro...
Somos subjetivos e cheio de singularidades, mas sabe... Somos bem parecidos no fundo.
E assim como eu, tinha mais duas pessoas. Cada uma em seu banco com os seus corpos, o pensamento, porém, em qualquer outro lugar.
Um cara estava meio impaciente, ansioso, sei lá... Mexia-se demais, sentou, deitou, olhou o celular algumas vezes, sentou, pôs a mão no queixo, ficou um pouco, pegou o celular, tentou ligar... Tentou de novo, não reparei mais.
Uma mulher estava sentada, mal se mexia, olhava pro nada, para o lado, para mim, pensava, acendeu um cigarro...
Eu liguei o MP3, olhava para os lados como procurando -talvez ele passe por aqui, neste horário deve estar indo pra faculdade. Deitei, sentei, pensei, acendi um cigarro...
Somos subjetivos e cheio de singularidades, mas sabe... Somos bem parecidos no fundo.
Marcadores:
singularidade,
subjetividade
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Você me disse – não vou pegar nenhum contato seu. E marcamos de nos encontrarmos lá na próxima semana a tal hora. Você acrescentou ainda – Eu vou ficar muito triste se você não aparecer, muito mesmo, eu acho que vou chorar. E escondeu o rosto com o seu cabelo dando algumas risadas meio tímidas dizendo que estava brincando sobre o chorar, e perguntou – quando eu te ver eu posso correr e te abraçar? Você falou sobre as suas intenções e foi ai que falamos sobre amizades e o significado disso nas relações.
Você sentado, me falava para eu me sentar também, e fazia sinal com a mão, batendo no chão, insistia em perguntar "do que" eu gostava - Você gosta de garotas né? Eu disse que gostava de garotos, e que já tinha o meu. Você disse - Ah... E fez alguma piada, pra descontrair.
Nós conversamos, e você expulsava as pessoas que chegavam querendo se juntar à conversa, como fez com o japa perdido que perguntou - O que é grunge?? E você perguntou a ele de onde ele vinha, se lá no Japão não tinha grunge e pediu delicadamente pra ele ir perguntar pro resto do pessoal que andava mais a frente. Depois se arrependeu de ter sido tão direto, e concluiu dizendo - Ah! Eu sou assim mesmo, não sou de rodeios. Me defendeu de um tiozinho bêbado que me tocou – Ei! Deixa ela em paz! Me contou que tem duas namoradas, mas que não gosta delas e que de vez em quando fica com algumas vadias, mas que cansou de ter orgasmos vazios, e eu te contei como é transar com alguém que você ama. Você estava com frio e se encostou em mim, disse que minha pele era quente e macia. Disse que eu era linda e sem querer disse que meus seios eram lindos, tentou corrigir depois, mas eu já tinha ouvido, pediu para que eu fechasse mais a minha blusa – Está me desconcentrando. Eu dei risada, pois mal tenho o que esconder. Disse-me que morrera há cinco anos, e eu falei que não, que você não estava morto, pois eu estava viva e aquilo não poderia ser um sonho - Nós estamos juntos nessa, eu estou aqui contigo, e eu estou viva! Isso é história sua, que você inventou pra aliviar o peso da sua consciência.
– Eu vou ficar muito triste se você não aparecer, muito mesmo eu acho que vou chorar.
– Posso te pedir uma coisa? E eu te pedi para estar sóbrio, queria saber como você é. Você prometeu tentar. rs.
Mas nós dois sabemos que não haverá uma segunda conversa...
Você sentado, me falava para eu me sentar também, e fazia sinal com a mão, batendo no chão, insistia em perguntar "do que" eu gostava - Você gosta de garotas né? Eu disse que gostava de garotos, e que já tinha o meu. Você disse - Ah... E fez alguma piada, pra descontrair.
Nós conversamos, e você expulsava as pessoas que chegavam querendo se juntar à conversa, como fez com o japa perdido que perguntou - O que é grunge?? E você perguntou a ele de onde ele vinha, se lá no Japão não tinha grunge e pediu delicadamente pra ele ir perguntar pro resto do pessoal que andava mais a frente. Depois se arrependeu de ter sido tão direto, e concluiu dizendo - Ah! Eu sou assim mesmo, não sou de rodeios. Me defendeu de um tiozinho bêbado que me tocou – Ei! Deixa ela em paz! Me contou que tem duas namoradas, mas que não gosta delas e que de vez em quando fica com algumas vadias, mas que cansou de ter orgasmos vazios, e eu te contei como é transar com alguém que você ama. Você estava com frio e se encostou em mim, disse que minha pele era quente e macia. Disse que eu era linda e sem querer disse que meus seios eram lindos, tentou corrigir depois, mas eu já tinha ouvido, pediu para que eu fechasse mais a minha blusa – Está me desconcentrando. Eu dei risada, pois mal tenho o que esconder. Disse-me que morrera há cinco anos, e eu falei que não, que você não estava morto, pois eu estava viva e aquilo não poderia ser um sonho - Nós estamos juntos nessa, eu estou aqui contigo, e eu estou viva! Isso é história sua, que você inventou pra aliviar o peso da sua consciência.
– Eu vou ficar muito triste se você não aparecer, muito mesmo eu acho que vou chorar.
– Posso te pedir uma coisa? E eu te pedi para estar sóbrio, queria saber como você é. Você prometeu tentar. rs.
Mas nós dois sabemos que não haverá uma segunda conversa...
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