terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Você me disse – não vou pegar nenhum contato seu. E marcamos de nos encontrarmos lá na próxima semana a tal hora. Você acrescentou ainda – Eu vou ficar muito triste se você não aparecer, muito mesmo, eu acho que vou chorar. E escondeu o rosto com o seu cabelo dando algumas risadas meio tímidas dizendo que estava brincando sobre o chorar, e perguntou – quando eu te ver eu posso correr e te abraçar? Você falou sobre as suas intenções e foi ai que falamos sobre amizades e o significado disso nas relações.
Você sentado, me falava para eu me sentar também, e fazia sinal com a mão, batendo no chão, insistia em perguntar "do que" eu gostava - Você gosta de garotas né? Eu disse que gostava de garotos, e que já tinha o meu. Você disse - Ah... E fez alguma piada, pra descontrair.
Nós conversamos, e você expulsava as pessoas que chegavam querendo se juntar à conversa, como fez com o japa perdido que perguntou - O que é grunge?? E você perguntou a ele de onde ele vinha, se lá no Japão não tinha grunge e pediu delicadamente pra ele ir perguntar pro resto do pessoal que andava mais a frente. Depois se arrependeu de ter sido tão direto, e concluiu dizendo - Ah! Eu sou assim mesmo, não sou de rodeios. Me defendeu de um tiozinho bêbado que me tocou – Ei! Deixa ela em paz! Me contou que tem duas namoradas, mas que não gosta delas e que de vez em quando fica com algumas vadias, mas que cansou de ter orgasmos vazios, e eu te contei como é transar com alguém que você ama. Você estava com frio e se encostou em mim, disse que minha pele era quente e macia. Disse que eu era linda e sem querer disse que meus seios eram lindos, tentou corrigir depois, mas eu já tinha ouvido, pediu para que eu fechasse mais a minha blusa – Está me desconcentrando. Eu dei risada, pois mal tenho o que esconder. Disse-me que morrera há cinco anos, e eu falei que não, que você não estava morto, pois eu estava viva e aquilo não poderia ser um sonho - Nós estamos juntos nessa, eu estou aqui contigo, e eu estou viva! Isso é história sua, que você inventou pra aliviar o peso da sua consciência.
– Eu vou ficar muito triste se você não aparecer, muito mesmo eu acho que vou chorar.
– Posso te pedir uma coisa? E eu te pedi para estar sóbrio, queria saber como você é. Você prometeu tentar. rs.
Mas nós dois sabemos que não haverá uma segunda conversa...

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Karina, agora, com tempo, posso ler seu blog...
Que final hein?
Adoro ler "conversas"...
As vezes são bons os "orgasmos vázios", mas não sempre...
Beijão e boas férias!

Louis disse...

Nossa, Ka! Muito legal! Vc escreve muito bem sabia? Fiquei impressionado...

Beijão querida, se cuida =*